Habitação estudantil na Europa: evolução e perspectivas
A educação superior na Europa atingiu dimensões importantes, com 18,5 milhões de estudantes realizando cursos de nível superior, um aumento de 3% em relação ao ano anterior e 11,9% a mais em comparação com 2013.
Esse crescimento reflete as políticas educacionais dos diversos países e o compromisso da União Europeia em criar um "espaço educativo" comum. As universidades, de fato, não apenas formam cidadãos qualificados, mas também promovem a inclusão social, a qualificação da força de trabalho e a especialização local, combatem a discriminação e reforçam os valores cívicos.
A oferta de imóveis para estudantes
Com o crescimento da educação terciária, as principais economias europeias, como França, Alemanha, Países Baixos, Reino Unido, Itália e Espanha, foram forçadas a estruturar a oferta residencial com uma combinação de oferta pública e privada, levando em conta as particularidades de cada país.
Nos últimos anos, aumentou a oferta por parte de operadores privados profissionais, que garantiram um desenvolvimento do setor, finalmente bem diferenciado de outros tipos de moradia. A cooperação entre esses operadores e as instituições é essencial para atender às necessidades futuras, buscando um equilíbrio entre a atratividade urbana e a estabilidade do capital humano.
As últimas publicações do Eurostudent indicam que aproximadamente 18% dos estudantes universitários residem em residências estudantis, uma tipologia escolhida principalmente por estudantes internacionais e com menos de 22 anos.
Em média, na Europa, os custos relacionados à habitação representam cerca de 35% do orçamento mensal disponível; esse dado é uma média relativa às diferentes formas de residência e não se refere exclusivamente aos alojamentos em residências estudantis.
NA FRANÇA
No ano acadêmico de 2022/2023, as universidades francesas registraram 2,8 milhões de estudantes, um aumento de 18% em comparação com há dez anos. O CROUS, o organismo público que gerencia moradias e bolsas de estudo para estudantes, oferece cerca de 177.000 camas, com um aumento de 1,5% em um ano. A oferta total de alojamentos para estudantes é de aproximadamente 195.000 camas. O Ródano tem o maior número de camas públicas, enquanto Île-de-France, apesar de ter mais estudantes, conta com menos alojamentos públicos. Os custos variam consideravelmente: os estudantes pagam entre 250 e 490 euros por mês para alojamentos públicos, enquanto os aluguéis de moradias privadas em Paris variam entre 840 e 1.400 euros por mês.
NA ESPANHA
No ano acadêmico de 2022/2023, a população estudantil na Espanha contava com aproximadamente 1,3 milhões de inscritos, o que equivale a 30% da população alvo. Na Espanha, há mais de 115.000 camas para estudantes, divididas entre "Colegios Mayores" (instituições sem fins lucrativos) – 17% – e residências estudantis que aumentaram em 26.000 unidades desde 2018. O mercado de habitação para estudantes está polarizado, com os quatro principais operadores controlando 25% da oferta. Os aluguéis variam significativamente de acordo com a cidade: Madrid e Barcelona viram um aumento de 5% nos preços no último ano, enquanto cidades como Málaga registraram aumentos de 9%.
NO REINO UNIDO
Em 2021/2022, as universidades anglossaxônicas registraram mais de 2,8 milhões de estudantes, 15% do total europeu. Nos últimos cinco anos, o número de estudantes aumentou em 19%, impulsionado principalmente por estudantes de fora da UE (+72%) e residentes no Reino Unido.
O Reino Unido oferece várias opções de moradia para estudantes, incluindo moradias públicas, privadas e as HMO (Houses in Multiple Occupation). Aproximadamente 27% dos estudantes fora do campus encontram moradia no mercado ordinário, 16% em moradias públicas e 9% em moradias privadas. No total, há 650.000 camas disponíveis, das quais 46% são geridas por privados. Nos últimos dez anos, a oferta de camas aumentou em 30%, com um crescimento anual de 20.000-30.000 unidades. Os aluguéis em PBSA são elevados: em Londres, um quarto com banheiro privativo pode custar até 1.250 libras por mês, enquanto uma cama com banheiro compartilhado em uma residência pública custa cerca de 920 libras por mês.
NA ITÁLIA
No ano acadêmico de 2022/2023, na Itália houve 1,9 milhões de estudantes universitários, o que representa 3,2% da população, gerando uma crescente demanda por alojamento para estudantes fora do campus (duração média de 12-24 meses). São 355.000 os estudantes que buscam moradias estruturadas, mas a oferta não acompanhou o aumento de 14% nos estudantes fora do campus nos últimos dez anos, indicando a necessidade de novos investimentos imobiliários. A oferta atual de moradia inclui estruturas públicas e privadas, com residências conveniadas com o Direito ao Estudo e Colegios Universitarios de Mérito que fornecem a maior parte das camas. O PNRR visa dobrar o número de camas até 2026, com o apoio do Ministério das Universidades e Pesquisa para garantir o direito ao estudo, especialmente para os estudantes fora do campus.
Perspectivas futuras
A União Europeia considera a educação e a formação terciária fundamentais para o futuro. As universidades são hoje, de fato, as instituições mais importantes ao redor das quais giram a educação, a pesquisa, a inovação e o desenvolvimento econômico. As perspectivas futuras apontam para um aumento no número de graduados na Europa, com estimativas indicando que 37% da população europeia estará graduada até 2040, alcançando 41% em 2050. Consequentemente, a atenção para a oferta residencial para estudantes, cada vez mais ampla e de qualidade, a colaboração entre instituições e a adaptação às dinâmicas demográficas são elementos-chave para enfrentar os desafios futuros e promover um crescimento sustentável e inclusivo. Especificamente, no setor de residências estudantis (PBSA), os investimentos em 2023 foram de 4,9 bilhões de euros e, embora tenha ocorrido uma diminuição de 60% em relação ao ano anterior, as previsões de médio prazo permanecem positivas, graças ao desajuste entre oferta e demanda, mas exigirão uma estreita colaboração entre o setor público e privado.
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